terça-feira, 24 de julho de 2007

Aparências que enganam
Nesse palco do absurdo que é o mundo, a maior parte dos comportamentos não passam de encenações. Afinal, o que vale são as aparências e não as essências; o modo como se fala e não o que se fala, a simulação do que se sente e não o que se sente. Vale parecer religioso, patriota, bom pai de família, culto, sábio, vitorioso, ético. O que importa é ter e não ser. E nas contínuas tragédias e comédias da vida vence o melhor ator, sendo que nada garante mais sucesso do que ser politicamente correto, bajulador, sorridente, pois essas são as "qualidades" capazes de granjear aplausos, conquistar mentes, aquecer corações. Para Thomas Hobbes, o grande filósofo político inglês, "para todo homem, outro homem é um concorrente, como ele ávido de poder sob todas as suas formas". Concorrência, desconfiança recíproca, avidez de gloria ou de fama, têm por resultado a guerra perpétua de ‘cada um contra cada um’, de todos contra todos. Guerra, isto é, não só ‘o fato atual de bater-se, mas a vontade averiguada de bater-se, enquanto existe tal vontade, há guerra e não paz, e o homem é um lobo para o homem: homo homini lupus.

Dito isso, o fato que descobri recentemente mudará os rumos políticos de um pequeno município da região. O lobo, em pele de cordeiro, está para ser desmascarado. E de nada valerá o dinheiro, pois para algumas pessoas, dignidade e respeito ainda vale mais que esse vil metal.

Um comentário:

Elis Minozzo disse...

Ótimo texto!!!
Poderia me dizer que é o lobo e qual é o município?


Bjos...