quinta-feira, 13 de março de 2008

PP e PMDB com maioria

Caso não haja mais nenhuma mudança na legislação eleitoral até as eleições, é certo que apenas dois ou três partidos irão eleger vereadores na maioria das cidades da região. Com o fim das coligações nas proporcionais, é cada um por si e muita reza para chegar ao quociente eleitoral. Acompanhem o exemplo: Santiago tem 37 mil eleitores e cerca de 32 mil votantes, excluindo as abstenções. Dividindo 32 mil pelo número de vereadores, 10, chega-se a 3.200 votos como índice para eleger um vereador. Os votos dos partidos que não chegarem a esse mínimo de votos para vereadores e somando a legenda, estão automaticamente excluídos. Na eleição passada, apenas PMDB, PP e PSDB atingiram esse número em Santiago. O PT ficou longe disso, assim como o PDT, que conseguiu eleger Nélson Abreu porque concorreu coligado aos tucanos.

O fim dos nanicos
Nas cidades menores, a situação é a mesma e os partidos maiores, PP e PMDB, levam vantagem e podem eleger todos os vereadores em municípios como Unistalda e Capão do Cipó. Na capital do Pau-Ferro, o PDT tem um vereador (Nego Kabo eleito com 153 votos e candidato único) e precisa aumentar a votação ou a nominata. Em Capão do Cipó, PT e PDT alcançaram quociente em 2004, mas é bom ficarem alertas. Essa resolução do TSE só tem um propósito; diminuir o número de partidos em todo o Brasil, o que já foi tentado nas eleições de 2006 mas por várias manobras ficou tudo como estava. Deixando-os sem representatividade nas câmaras municipais, é meio caminho andado para o sumiço de mais de duas dezenas de siglas que sequer a população sabe que existem.

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